Tenho tido o privilégio de estudar a carta aos Coríntios.
Ao ler os primeiros capítulos, Paulo começou por mostrar que
as nossas vidas têm significado em Cristo e através do próprio Cristo. Tudo o
resto é loucura.
Uma das críticas que Paulo fez àquela Igreja, foi que alguns
cristãos diziam que eram de Paulo, outros de Apolo e outros de Pedro.
Isso acontecia para mostrarem superioridade em relação aos
outros e assim terem primazia na vida da Igreja.
Quando afirmavam que eram de um líder, não tinham como
objectivo dizerem que tinha sido essa pessoa a levá-los até Cristo, mas sim que
esse líder era o seu próprio cristo e o trampolim para “voos mais altos” na
Igreja, como quem diz “Eu sou mais importante do que vocês porque sou de Paulo”.
O orgulho era tanto que a Igreja vivia dividida.
Hoje em dia, quando ouvimos alguém dizer que é “calvinista”,
rapidamente ouvimos como resposta “E eu sou de Cristo”. Como se este que diz
que é de Cristo fosse superior ao outro.
Quando alguém diz que é “calvinista” apenas está a querer
dizer que a teologia reformada levou-o a aproximar-se mais de Cristo e a
entender melhor um determinado “corpo de doutrinas”.
Calvino não é a nossa bandeira e nem o nosso salvador. Não
foi ele que deu a sua vida por nós.
Dessa forma, quando digo que sou “Baptista” estou também a
assumir um corpo de doutrinas diferente do meu irmão em Cristo que diz que é,
por exemplo, da “Assembleia de Deus”.
Todos nós somos de Cristo. Não ouso sequer dizer que sou
superior a ninguém.
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